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quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Céu de grade

Olho para céu e lágrimas descem, lentamente, quente, sem pedir permissão,
Vão lavando a minha face contraída pela dor.
Quando estes momentos tomam conta de mim também me dizem por que me sinto assim.
Olho para céu e imagino quão infinito é,
Queria tanto sentir-me livre e ultrapassar as grades que Põe limites.
Esta dor eterna que trago na alma e que é insuportável sofrer esta dor humana ,
Neste mundo tão cheio de horrores, tão cheio de odores fétidos,
Oriundo de uma massa podre que está viva como tudo no Universo.
Olho o céu e consigo vislumbrar o que me impede de transpor o caos terreno.
Céu azul que simboliza o céu de cristo,
Céu de grades que justifica estar aqui.
Olho o céu e meu espírito vê, tantos inocentes que perecem esmagados pela massa podre que detém o poder,
Estes Seres ignóbeis sorriem com suas bocas escancaradas e salivam tanto veneno e assim vão contaminando o paraíso de expiação.
Olho o céu e vejo as grades da insanidade que destroem inocentes na mais tenra idade,
Que se lançam em um mar tenebroso e lá fazem sua morada.
Então percebo que não existe saída antes da hora,
Estamos todos a mercê da massa podre,
Sob o céu de grade.

Soraya C.Ponciano

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