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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014


Paranoia, noia...


  Paranoia ou noia
que forma gosma,
saliva viscosa
de quem bloqueia o vômito.
Seria o dia tão pesado?
De quem já não suporta a própria imagem?
Diga-se de passagem,
por que você suportaria?
Para tê-lo nada mais faria,
pois nada tem para ser feito,
também não sou seu coração eleito,
estou mais para um cão ferido,
que vai de lá pra cá, perdido e preso na própria armadilha.
E a despeito do respeito que se tornou escasso,
quão escassa é a minha paciência
não me fale com veemência,
estou é mais pedindo clemência,
poupe-me e serás poupado,
creia,
somos apenas um punhado de areia,
das largas ruas deste mundo cão.


Soraya C. Ponciano

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