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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Minhas duas metades.


As palavras morrem na garganta,
Pelos sonhos que teimam em não realizar,
A metade que em mim , se debate, se acalme!
Se o que é passado transmitir ensinamentos,
Valeu à pena.
Parte de mim, ama sem esperar retorno,
A outra parte tem esperanças,
Parte do que sou é amor e a outra parte é desilusão.
parte de mim é desejo,
Mas a outra metade se sente morta.
Meu ser se transporta em fragmentos pelo cansaço,
Que a vida seja tão dura para que eu consiga moldar-me.
Andei em busca do desvendar lembranças vindas do inconsciente,
Aprendi muito nesta jornada tão cheia de agruras,
Ainda teimo em olhar que tudo é possível,
Não foi para mim que seja para você!
Minha alma grita e eu não tenho medo,
Creio que tudo é para ser assim.
Minha boca se move num som suave e tremulo.
Desejaria gritar e deixar todos os demônios desaparecerem e assim descansar.
Faço da música que generosamente alguém compôs para o meu extravasar,
E recebo do espírito a poesia que me embala até adormecer,
Sou um ser ambíguo que fala o que sente mesmo às avessas.
Sou senhora do meu mundo,
E vou ver o sol na manha seguinte despontar.




 Soraya c. ponciano




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